domingo, 28 de junho de 2009

A sheet, a shelter

Não queria parar para pensar. Preferia me distrair com a TV. Não queria parar para pensar porque não queria parar para sentir as emoções que tais pensamentos me trariam. Mas era quase inevitável; pensar talvez me fizesse esvair a incerteza. Queria mesmo, talvez, voltar ao portão, à rua, ao carro.
Quase não tinha te sentido naquelas horas; estava por demais imersa em minhas dúvidas e insegurança. Talvez desperdiçara o momento, mas talvez só quisesse me sentir mais tua, mais leve, mais desarmada. No entanto, mantive as armas em punho. Pesadas demais para que pudesse sentir a leveza do teu toque.
No fundo, quisera segurança, quisera estar à vontade do teu lado e queria que o estivesse também. Te queria por completo comigo. Alguma certeza, possivelmente. Teu abrigo, teu conforto, tuas mãos, teu cheiro e tuas palavras. Um pouco de ti. E um pouco mais do teu tempo. Quisera mesmo era entender tudo aquilo. Quisera esvair as dúvidas, quisera me jogar nos braços sem indagações. Mas o jogo às vezes se sobressai, aguando as emoções.
Well, just in case, sempre sobra o consolo da pena (ou da letra) amiga...