quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Fragmentos 1

... Ela estremeceu por inteiro ao ver a imagem. Sentia tremer todos os membros, sentia tremer por dentro. Tremiam as vísceras, o sangue parecia como um líquido qualquer chacoalhando em meio a um terremoto. Não conseguia mais ver aquelas letrinhas sem remeter à sensação de pânico que invadia o corpo involuntariamente e fazia a mente parar por alguns momentos. No entanto, sabia que guardava dentro si a informação que faria abreviar a péssima sensação. Só não sabia onde encontrá-la de imediato. Vasculhava a mente insanamente, sem um pingo de auxílio da razão; vasculhava pelo remédio animalescamente dentro de suas memórias.
Pegou o cachecol e saiu pelo noite fria e escura. A ausência de pessoas acentuava a ausência do sorriso e de um sorriso de empatia. Resolveu refugiar-se no futuro; aconchegar-se no amanhã. Isso deveria bastar-lhe por hora....

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"It is always nice to be remembered" - lembrada e oportunamente repetida por Paulo Francis

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Making a lemonade

"If life gives you lemons, make a lemonade"

É isso que eu preciso ter em mente, o tempo todo. Tentando fazer uma limonada, bem açucarada.
Já foram muitas amolações este ano e, acrediatndo, que estou fechadno este ciclo, à medida que abri um novo, aqui em IMPRENSA. Acreditava estar abrindo dois novos ciclos, mas talvez só um. Ou talvez seja só o começo do começo de um segundo novo ciclo, que corre paralelamente.
Pois bem, tentei fazer litros de limonada neste final de semana que passou. Sexta-feira, bar com Rogério e Luciano, grande amizades conquistadas no MN. Estava em ótima companhia, gente com bagagem, com ideias, com quereres e afazeres. Isso me extasia. Por que eu haveria de preocupar por muito menos se tinha gente como eles por ali? Fora que é bom saber que as amizades ficaram.
Sábado, provas na escola. Cansa? Cansa. E muito. Principalmente os teachers. A gente precisa resolver tudo num dia para a hora da virada; notas, aprovações, reprovações. Vale a pena? Muito também. Aplicar a prova oral é sempre uma surpresa. Os alunos acabam se abrindo pra você. Saí de lá com vontade de pegar uns no colo. Outros, que, a iminência da última aula, decidem te dizer um "obrigado por tudo, teacher" e como o módulo foi bom. EU sou uma boba, me amociono com tudo isso e me apego tb. Aliás, lá, aprendi a não me pegar demais. Os módulos sáo rápidos, os alunos passam por você, mas estão sempre ali, prontos a cumprimentar e perguntar os pormenores de sua vida, que eles lembram dos minutos em classe. Fora a energia daqueles teachers que eu amo!

À noite, balada com a Eveline e a Su de quebra. QUem disse que teacher só serve pra dar aula? FOi ótimo, acabou com meu preconceito em relação ao samba e ao samba rock. Domingo, dia de celebrar duas pessoas muito queridas. A festa foi linda, a cara deles.... o problema foi eu ter de carregar uma sacolinah do Camicado. Não estou no momento disso. Não estou... Foi custoso. Muito custoso. A chuva do final do dia então, me fez sentir o azedume dos limões de novo. MAs graças a Deus vem a segunda-feira e me lembra que eu tenho jarras de limonada pra fazer....

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"Bailarino tem que aprender a conviver com a dor. Porque a dor faz parte da vida". Eu digo que no Raça trago boas lições não só de dança e postura, mas de vida. A frase foi proferida por Andrea Sposito, a professora de alongamento e sapateado, à aluna Helena, 12 anos, uma das minhas "parceiras" de alongamento. Helena e Larissa, 11. Exercício em trio... achei uma fofura das duas me chamando. Ainda bem que tenho quase o tamanho delas, rs.
Eu sempre digo que lá a gente aprende a ter coragem, a se superar, a se esforçar. E a aprende "como" progredir. E sei qeu lá posso varrer tudo da cabeça, mesmo que meus ombros pesem. Mesmo que eu volte chorando no carro depois. Ou antes. Mas aquele é MEU momento de explodir. Mesmo que o Edy grite comigo e que eu erre tudo. No dia seguinte, vou acertar. E melhorar. E me ver mais linda no espelho.

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Por hoje é só. Tinha outra coisa pra postar, mas tô sem tempo. Aliás, Massimo Felice disse que a falta de tempo se tornou um problema social. Ai que vontade de chorar!