quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

E o choro fica preso
Não sei se na garganta
Ou se no peito

Preso no meio do nada
Bloqueando minha alma
Sufocando o futuro
Nas águas de março

Liberta as lágrimas
Liberta o amanhã
Explode em emoção
Pra começar tudo outra vez....

Outra
E outra
E outra vez...
Nesta angustiante roda

domingo, 26 de setembro de 2010

A futilidade no mundo das telas

As redes socias, apesar da eficácia como instrumento de comunicação e velocidade nas interrelações, torna ainda mais evidente um característica da sociedade atual: a preocupaçao com a imagem e a vaidade acima de tudo, elevado à enésima potência.
Percebi que isso era realmente grave quando me dei que, no orkut, muitos membros trocaram o texto do box "sobre você" por uma foto gigantesca de si mesmo. Pior ainda quando o usuário opta por descrever-se como uma foto de corpo semi-nu. Além do espaço didaticamente denominado "álbum", onde, por consenso, coloca-se fotos (hoje sem limite de espaço), utiliza-se também o box de descrição.
Ou seja, vc nao é mais uma ideia; torna-se apenas uma imagem. Além do milhar que muitos usuários colecionam: foto no quintal, na choperia, na garagem, de pijama, de gala, na balada, lavando o banheiro... tudo é desculpa para mostrar, seja lá o que for. Por menos emblemático que for o momento....
Preocupa-me a incapacidade de pensar, que expressar-se, de elaborar-se como ser humano, que dá lugar às exigências imagéticas e ao que ela representar enquanto símbolo do status. Quando da vitória do capitalismo, opunha-se o "ser"e o "ter", depois o "pensar" e o "sentir". Hoje, opõem-se o "ser" e o "parecer". Não importa quem sou; ninguém vai se dar o trabalho de saber. O que penso, quando gosto de rir, o que me encanta e o que me entristece. Mas o meu cabelo, minha roupa e o lugar que frequento. Tudo isso evidenciado pelo montante de fotos que exibo no universo virtual... que pouco tem a ver com o meu ser real.
O fim da picada é o sexo virtual, encontros via sites de relacionamento e paqueras via mensagens instantâneas. Que são ótimas ferramentas, é inegável. Mas substituir bytes pelo cara-a-cara é demais. O culto à imagem faz parte do século XX; o século XXI embarcou na imagem que nao existe; na virtualidade da tela.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Eu queria ser mais fria
Queria ser menos sentimental
Queria ser menos boba e
Mais durona
Eu queria mais corajosa
Queria ser mais inconsequente
Menos apegada
Mais desencana
Menos preocupada
Mais irresponsável
Menos boazinha
Menos tolerante
Menos iludida
Eu só queria sofrer menos!!! E um pouco de colo...

domingo, 8 de agosto de 2010

Mental e emocionalmente cansada...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

With hope

Assistindo "Aeon Flux", julguei a protagonista uma Trinity repaginada e atualizada, quase dez anos depois. A seguir, senti a semelhança com Tomb Raider: os saltos, o corpo elástico, o cabo que a mantém suspensa e faz com que ela fuja de 153 disparos e a habilidade que as faz vencer a luta contra cerca de 30 capangas do mal. E Cruise não podia ficar de fora, o ultraman de Missao Impossível. Afinal, para Hollywood, tudo é possível. Pular em cima de automóveis em movimento e de sustentar-se apenas com os pés enquanto seu corpo todo está na horizontal, a milímetros de milhares de espinhos metálicos.
Enquanto minha irmã ridicularizava todas essas cenas sem pensar - preconceito bloqueia o raciocínio - pensava eu no mote maior do filme: a força das lembranças e as emoções que as acompanham. Afinal, somos nada além do que um emaranhado de recordações que nos ensinam atemporalmente...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Profundas....

*Pam* diz:
é....
por muito tempo me culpei de ser durona demais
hoje me cobro por tentar demais
enfim
Sarinha* diz:
e quem disse que é fácil achar o equilíbrio?
*Pam* diz:
a melhor frase da semana!!!!
ganhou o Pulitzer
Sarinha* diz:
qual?
*Pam* diz:
e quem disse que é fácil achar o equilíbrio?
Sarinha* diz:
huahauhauahuahauhauahua
nossa, fiquei até tímida agora hahaha
*Pam* diz:
mas é ótima
pq eu sempre achei que a vida tende ao equilibrio
nem excessos, nem deficiências
Sarinha* diz:
sim sim
*Pam* diz:
mas..........
e quem disse que é fácil achar o equilíbrio? kkkkkkkkkkk
Sarinha* diz:
´mas ele não é fácil
e n é eterno
soprou um ventinho...
*Pam* diz:
somos humanos, é fácil fazer a balança descompensar
especialmente quando a gente fala de emoçoes
inconsciente - out of control
Sarinha* diz:
e principalmente qd se fala de mulher.... mais ainda brasileira...
*Pam* diz:
sim sim
olha, pra falar a verdade
a verdade mesmo, dentro da minha cacholinha
nós somos exemplares minimamente mais racionais que a maioria
Sarinha* diz:
eu n acho q seja minimamente
*Pam* diz:
ah eu nao quis ser convencida, rs
a maioria só atira.... na esperança de acertar
E a gente fica pensando... interpretando.... selecionando...

O que devia ser mais valorizado, convenhamos...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ok, um misto de inércia, uma pitada de frustração. Tristeza não. Já chega o último... Mas é o que eu digo: a gente tem que ter responsabilidade com a pessoa do outro. Hoje sou eu, amanhã é você. Respeito a posição de cada um, mas só quero que me respeitem... Ai, cansei de novo.
O que leva alguém a agir tão levianamente? Não sei... Será que era preciso mesmo?
Mas enfim... cansei de novo.

A gente afasta o que não deve e segue...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sempre preferi manter os valores a qualquer piriguetagem. Sempre preferi em ter a certeza de que tipo de pessoa eu era do que arriscar meus alicerces e me ver perdida em meio aos paradigmas, ou a falta deles. Mas acontecimentos têm me questionado. Quem se dá bem no mundo contemporâneo atual? Serão estas vitórias frágeis ou sustentáveis? Sobra a certeza de que me considero de fundamentos sustentáveis; nao inquebráveis, mas sustentáveis. E até onde as dúvidas me seriam confortáveis? Nunca me são....

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Naquele momento, eu queria a presença do meu pai. Pai, it's you when I look in the mirror. Queria suas palavras inteligentes e a segurança que me transmite desde a vez em que fiquei presa lá no alto do escorregador. Embora nada pudesse fazer por mim naquele instante, suas palavras me fariam sentir melhor. Me fariam entender, me dariam segurança para continuar, me tirariam lá do alto do brinquedo. Era exatamente pelo fato de que nao havia nada a se fazer que que sua presença seria importante. Mas veja, tenho 27 anos e nao posso contar-te tudo. Ainda assim, a força do que ensinou me incentiva a continuar e superar as intempéries com a calma possível...

domingo, 11 de abril de 2010

Porque a vida é sem título mesmo...

O que senti hoje foi pura e simples saudade. Uma tarde fria, o Sol tímido, os fracos raios, levemente mornos, trouxeram-te. Não era tristeza, não era ressentimento, nem dor... só saudade, desprovida de qualquer jogo e de qualquer mal-entendido

Fazia minha caminhada dominical, sob o Sol ameno quando observei o velhinho curvado sobre as flores amarelas. Cuidadosamente, ele cortava o caule uma a uma e depositava numa sacolinha plástica. Com tal esmero que nao esperava ver tão casualmente pelas ruas. Acolhia-as e guardava, com as pétalas e os botões para fora da sacola, para que pudessem respirar. Levou uns bons minutos nisso.

Continuei a caminhar, a pensar no que o levara à minuciosa colheita. Talvez a mulher gostasse de amarelo. Talvez fosse um tipo raro de flor, cuja procedência eu ignorava. Ou talvez fosse apenas o desejo de manter um jardim mais colorido. Fosse o que fosse, a razão maior estava na leve beleza daquelas flores. Beleza sutil, compassada, ao alcance da sensibilidade de quem parasse para observá-las.

A cena diferia muito do culto à vaidade que confunde-se com beleza. O belo nem sempre é visível aos olhos. Mesmo assim, deparo-me com garanhões de corpos esculturais prontos a fazerem cena e a despedaçarem corações, por pura vaidade.... A beleza passa longe do exibicionismo e dos egos inchados. O belo é sensação e não olhar...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Eu revirava na cama, pra lá e pra cá. Seria tudo verdade? Estava acontecendo tudo daquela maneira mesmo? Era o mais cruel dos clichês, o pior roteiro de novela. Não havia mais solução, não havia mais escolha, além da minha própria.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Tão ruim quando sua cabeça fica vagando, em busca de uma resposta que não pode ser encontrada de imediato... o dia parece que vai em vão, sobra um vazio.... e é do vazio que eu tenho medo....

domingo, 31 de janeiro de 2010

Escrever me faz refletir e desabafar.

Chega um instante em que vc sabe que está à beira do limiar. Naquele limiar em que vc sabe que algo nao pode mais durar. Porque tudo tem um limites simples, que nao depende daquelas fronteiras que a gente delimita com a cabeça. "Até aqui eu vou..." Não, a vida tem disso: limites dos quais você não sabe, mas sente. Ou compreende. E aceita-os; porque é simplesmente o limite. Além daquilo é o abismo e dar um passo a mais é atirar-se. A única escolha é entre a lucidez e a insanidade.

Limites não se referem à disposição do espírito; porque limite é o fim da linha. Não há mais recurso para usufruir. Por isso, não se trata de um querer ou não querer. É a hora da impossibilidade de continuar. É freio último, o breque de mão à beira do rio.

Não há mais força, não há mais argumento, não há mais tentativa, não há mais esperança, não há mais ilusão. A mente cansa e o corpo também...
'
Nesse instante, é chegada a hora de entender o limite e fazer meia volta. É hora de mudança e de promover a volta por cima...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

MAC pergunta: qual o sentido da vida?

Pamela responde:
A vida não tem sentido
a vida é o que a gente faz dela
estamos aqui de passagem, pra gastar o tempo

- :)

- qual seu objetivo com isso?

- tentar entender mais sobre o enigma da vida...

- E se a vida não for um enigma?

- ela é... pq nao tem uma regra para viver a vida

- e quem disse que ela tem mistérios a serem resolvidos? Podemos ser acasos moleculares... como as amebas

- é uma possibilidade

Por que a gente teima em querer saber de tudo se a grande maioria dessas informações não traz benefício algum para nossas vidas? Será a sensação/ilusão de estar no controle da situação, de não sentir-se ludibriado (a)? Ou será puro ego? Voyerismo?
Não tenho as respostas... só os questionamentos